
Igreja Adventista do Sétimo Dia do
Uberaba
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Lição 7 - O Preço do Discipulado! (Jovens)
Semana: 22/03 - 28/03
Quando pensamos nos mártires do cristianismo, quase sempre nossa mente se reporta ao Coliseu, aos cristãos sendo lançados às feras ou às fogueiras nas quais eram queimados vivos. Embora essas fossem formas frequentes de martírio, não eram as únicas. Na verdade, quando estudamos as torturas infligidas aos cristãos ao longo da História, é difícil acreditar e entender como o ser humano é capaz de chegar a tal ponto de frieza e crueldade. Apesar disso, os relatos de martírio de cristãos revelam algo intrigante. Boa parte dos que foram torturados e assassinados por sua fé passava seus últimos momentos cantando, louvando a Deus ou orando. Em alguns casos, enquanto morriam, encorajavam os que assistiam à cena a ser fiéis a Deus, fazendo do local de martírio uma espécie de púlpito.A comunhão com Deus era o segredo fundamental por trás da resistência e perseverança dos mártires do passado. Os que morreram por amor a Cristo O conheciam, pois mantinham com Ele um relacionamento pessoal diário. Os mártires cristãos tinham consciência de que sua vida neste mundo, por maior que fosse a duração ou o sofrimento, jamais poderia ser comparada à da eternidade. Ao morrer por sua fé, sabiam que estavam trocando o finito pelo ilimitado, o escasso pelo incalculável.De tudo o que podiam deixar como herança, o maior legado dos mártires foi seu exemplo de fé, coragem, amor e fidelidade a Deus. Foram espetáculo ao mundo, mantiveram sua confissão, derramaram o sangue pela Causa e foram heróis que, sem espada, conquistaram reinos; conquistaram o medo, conquistaram a si mesmos, conquistaram o mundo e, acima de tudo, a eternidade! Seus nomes, na maioria, permanecem no anonimato entre os homens, mas no Céu, com certeza, estão na galeria dos grandes vencedores de todos os tempos.
Isso vale a pena? (Mt 22:37; Lc 14:25-33). A Inglaterra precisava de dinheiro. E quem não precisa? O país estava tentando descobrir uma forma de pagar suas dívidas e defender seus novos territórios. Então, em 22 de março de 1765, a Inglaterra sancionou a Lei do Selo. O governo cobraria impostos sobre todos os materiais impressos, de jornais a cartões de jogos. No entanto, a lei resultou em muita reclamação por parte dos colonos americanos, que se organizaram e se opuseram não somente a esse imposto, mas a muitos outros que eles consideravam injustos. A Inglaterra logo compreendeu que o custo de impor a Lei do Selo saiu mais caro do que o próprio imposto. Então, o governo inglês a aboliu um ano depois. Mas as engrenagens já haviam sido movidas na direção do que viria a ser a Revolução Americana. Valeu a pena para a Inglaterra cobrar impostos das colônias?
Como cristãos, também precisamos fazer um exame cuidadoso. Que preço estamos dispostos a pagar para seguir a Cristo? Os colonos não quiseram pagar o preço. Por isso, preferiram não estar sob o controle inglês. A Inglaterra calculou o custo e achou que precisaria dos impostos, mas acabou perdendo as colônias americanas.
Falando às multidões, Cristo disse: "Qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser Meu discípulo" (Lc 14:33). Sim, Cristo chama a um comprometimento completo. Ele quer que O amemos com todo o nosso coração e mente. O verdadeiro cristianismo requer uma entrega total. Usar uma "camiseta de Jesus" e se autodenominar cristão não é o suficiente. Para Cristo, é 100% ou nada!
Foi naquela semana, em 1775, que Patrick Henry pronunciou suas famosas palavras: "É a vida tão querida, ou a paz tão doce para ser comprada com o preço de cadeias e escravidão? Impede isso, ó Deus Todo-poderoso! Eu não sei que curso outros podem tomar; mas, por mim, dê-me liberdade ou dê-me a morte."* A que custo estamos desejosos de seguir a Cristo? Patrick Henry estava disposto a entregar sua vida pela liberdade. Cristo está apenas dizendo: "Você está disposto a entregar sua vida para ser Meu discípulo?" Patrick Henry e os outros revolucionários perderam seu lar, e alguns deles até a vida, pela liberdade. Ele faz ressoar o desafio de Josué aos israelitas: "'Escolham hoje a quem irão servir'" (Js 24:15). Precisamos fazer uma escolha. Não podemos estar indecisos.
Preparo (1Co 9:24-27; Fp 1:6). Uma vez que assumimos um compromisso com Deus, o treinamento começa. Uma corrida chamada Tough Mudder [Mudder é uma raça de cavalo de corrida que corre bem em pista enlameada] se tornou muito popular. Embora seja uma corrida curta, é fisicamente torturante. Seu formato é inspirado em um acampamento militar. E se esforçar através da dor, arranhões e sangue faz com que, no fim, valha a pena porque você pode dizer: "Eu terminei uma Tough Mudder!"
Existe um ditado que diz: "Há dois tipos de pessoas no mundo hoje. As que assistem futebol e as que jogam." É muito mais fácil fofocar sobre algo ou criticar alguém que está jogando no campo do que entrar em campo e jogar. Também há dois tipos de cristãos: Os que assistem de braços cruzados e criticam a Obra e os que trabalham por ela. Por isso, em vez de ser meros espectadores, devemos nos envolver nesse jogo e jogar!
Vá! (Mt 28:16-20; Lc 21:12-19; Hb 12:1-4). Entrar no jogo exige comprometimento e preparo, mas também requer perseverança. Você enfrentará perseguição, dor e lágrimas. Pessoas em quem você confiou o rejeitarão. Entes queridos podem virar as costas para você. Mas lembre-se de que você está jogando por Cristo.
Sendo bombeiro, participo constantemente de treinamentos a fim de que eu possa executar corretamente certos procedimentos sob situações estressantes. Concentre-se! Não se distraia com temas secundários ou boas intenções. O inimigo não quer nada mais do que nos impedir de entrar no campo e jogar. E para isso, ele tentará de todas as formas nos distrair. Essas distrações podem até ser coisas boas, mas não são as melhores coisas. E quais são as melhores coisas? O que foi que Cristo disse aos Seus discípulos logo antes de deixar a Terra? Ele lhes disse que compartilhassem, ensinassem e batizassem. Quando se trata de discipulado, essas são as melhores coisas
* Patrick Henry, "Give Me Liberty, or Give Me Death", http://www.ushistory.org/documents /libertydeath.htm (acessado em 8 de janeiro de 2013).
"Deus precisa de trabalhadores que, ao trabalharem com Ele, compreendam a santidade da obra, e os conflitos que precisam enfrentar para avançar com sucesso – obreiros que não desanimem ao se depararem com a difícil tarefa diante deles. O Senhor não tenta esconder de Seu povo os conflitos severos que enfrentarão nesses últimos dias. Em lugar disso, Ele mostra o plano de batalha; indica a obra perigosa que precisa ser feita; Ele levanta Sua voz em advertência, ordenando que os homens calculem o custo de seu discipulado. [...] Ele encoraja todos que peguem as armas de sua guerra; pois as hostes celestiais estarão com eles na defesa da verdade e da justiça.
"De cada lado o povo de Deus enfrentará as tentações enganosas [ocas, vazias] de Satanás. O inimigo sabe quão desejável é um lugar no Céu para todo ser humano. Ele tem senso pleno do que perdeu. E quando ele foi lançado para fora do Céu, determinou-se a usar todo o conhecimento e poder que possuía para guerrear contra Deus, e afastar dEle os seres que Ele criou. Ele sabe que a obra à qual Cristo Se propôs será consumada. Sabe que as Escrituras se cumprirão, e que uma hoste que homem algum pode enumerar envolverá o trono diante do qual ele tão frequentemente esteve como corista, para cantar canções de louvor e adoração a Deus e ao Cordeiro. De acordo com seu propósito, ele está trabalhando para tornar sem nenhum efeito os esforços dos seguidores de Cristo" (Ellen G. White, Youth's Instructor, 26 de outubro de 1899).
- Como devemos nos preparar para lutar em favor de pessoas perdidas sem Jesus?
Em nossa época, um cristão é martirizado a cada cinco minutos. A afirmação do orador da rádio chamou minha atenção, e reconheci a voz do Dr. Ravi Zacharias, um apologista cristão. Um mártir a cada cinco minutos – em nossos dias? Isso me levou a pensar sobre a última parte do "capítulo da fé", Hebreus 11, e como Paulo estimulou os destinatários de sua carta a pensar nessas pessoas como testemunhas da fé (Hb 12:1).
Adições mais recentes para a "nuvem de testemunhas" incluem Dietrich Bonhoeffer (1945), um pastor luterano e membro da Resistência Alemã, e Ri Hyon Ok, executada em junho de 2009, na Coreia do Norte, por distribuir Bíblias. Outro exemplo é o de Nickolai Panchuk, pastor adventista do sétimo dia que, vivendo na Rússia comunista, foi sentenciado ao campo da Sibéria por se recusar a cooperar com a KGB.2
Numa conferência inter-religiosa internacional realizada em 2011, um estudo revelou que "105 mil cristãos são martirizados a cada ano, simplesmente por causa de sua fé."3 Será que vale a pena? Jim Elliot dá uma boa resposta: "Não é tolo aquele que dá o que não pode guardar para ganhar aquilo que não pode perder."4
E aí... Está disposto a pagar o preço?
1. Bradley Booth, The Miracle of the Seventh-day Ox (Hagerstown, MD: Review and Herald Publishing Association, 2012).2. Ibidem. 3. Daniel Blake, "Shocking Figures Reveal 105,000 Christians Martyred Each Year", http://www.christianpost.com/news/shocking-figures-reveal-105000-christians-martyred-each-year-50976/ (acessado em 8 de janeiro de 2013). 4. Citado por Charles R. Swindoll, em Meet Me in the Library (Plano, Texas: IFL Publishing House, 2011), p. 6.
Quando tomamos decisões cruciais ou difíceis, é sempre prudente examinar os benefícios e os custos que virão com essas decisões. Ser discípulo de Cristo é uma das decisões mais importantes que podemos tomar, como também uma das mais difíceis. Os benefícios são inacreditáveis, mas precisamos nos lembrar do custo. "A salvação é gratuita, mas o discipulado custa tudo o que temos."* Jesus não nos chama para calcular os custos só para nos recusarmos a segui-Lo. Ele nos exorta a segui-Lo, passo a passo, todo o caminho até a cruz. A cruz é onde Ele deu tudo o que tinha – o infinito. A cruz é onde devemos entregar tudo o que somos e temos.
O que isso significa para você e para mim? Paulo nos dá a resposta em Romanos 12:1, 2.
Precisamos nos tornar um sacrifício. No Antigo Testamento, quando alguém oferecia um sacrifício ao Senhor, aquela oferta representava não somente a futura morte expiatória de Jesus, mas também a entrega pessoal do ofertante a Deus. Tornar-se um sacrifício a Deus significa se dedicar completamente a Ele, sem reserva alguma.
Precisamos nos tornar um sacrifício vivo. Vida pressupõe atividade, movimento. Ser um sacrifício vivo traz, entre outras, a ideia de serviço. Somos salvos para servir, e o serviço é o resultado natural de um coração totalmente consagrado ao Senhor.
Precisamos nos tornar um sacrifício santo. Os sacrifícios estabelecidos por Deus no Antigo Testamento deviam ser sem defeito (Lv 1:3). Esses sacrifícios apontavam para Jesus Cristo, o perfeito sacrifício, que também era sem defeito (1Pe 1:19).
Embora não possamos atingir a perfeição neste mundo, nosso caráter deve ser transformado cada dia à semelhança do caráter Jesus. Deus é amor, e como Seus seguidores, também somos chamados a amar (Mt 5:43-48; 1Jo 4:8, 12). Podemos ser perfeitos em nossa esfera, assim como Deus é na dEle.
Ao seguirmos a Cristo, somos conduzidos à cena da cruz, onde, contemplando o Filho de Deus, somos também desafiados a nos tornar sacrifício vivo, santo, e agradável a Deus.
* Billy Graham, citato em Edythe Draper, Drapers Book of Quotations for the Christian World (Wheaton: Tyndale House Publishers, 1992).
Considere a vida de Cristo, como vez após vez Ele era confrontado com a descrença e a zombaria. Apesar do fato de Ele curar as pessoas e tratar a todos bondosamente, os fariseus O ridicularizaram, e Seu próprio povo tentou executá-Lo. Até Seus discípulos duvidaram dEle, negaram que O conheciam e O traíram, entregando-O a Seus assassinos. No entanto, durante todo o tempo, Seu amor por eles nunca diminuiu.
A missão de Cristo na Terra foi buscar e salvar o perdido. O texto de 1João 4:19 diz que "nós amamos porque Ele nos amou primeiro". Ele nos amou como fomos e como ainda somos! Talvez seja a nossa perspectiva que nos leva a não amar os outros da maneira como deveríamos. Ao ver aqueles que não se enquadram em nossa ideia do que significa ser cristão, muitas vezes não conseguimos compreender que eles também precisam de Cristo. Mas, se não testemunhamos para eles sobre Jesus, não os estamos julgando como sendo indignos da salvação?
A Bíblia diz que não devemos julgar os outros. Se afirmamos ser seguidores de Cristo, precisamos imitá-Lo. Ele ama pessoas para as quais podemos olhar com desfeita. Podemos seguir Seu exemplo se permanecemos conectados a Deus por meio da oração e do estudo de Sua Palavra, assim como Ele o fez.
- Como amar aqueles que nos causam muito sofrimento?
Jeremy Masters Wiedemann | Bozeman, Montana, EUA |